12 julho, 2014

Crianças de Gaza

Num dia ensolarado,
Acordo numa manhã,
Tomo uma xícara de chá,
Meu pai no naguile,
Fuma sem parar,
O rádio toca,
A sirene avisa,
Os cães latem,
Derrepente,
O céu que dantes era azul,
Escurece,
As nuvens ficam cheias,
De cinzas,
De pólvoras,
As pessoas correm,
Desnorteadas,
Um estrondo,
Um barulho,
Um choro,
Vários gritos,
Novamente a sirene,
De uma ambulância velha e suja,
Então saio a rua,
Vejo,
Uma criança jogando pedra num blindado,
E o fuzil sem exitar dispara,
A criança arrasta,
As poucas pernas que ainda tem,
Outro estrondo,
Ainda maior,
A nuvem mais negra,
Chovem bombas,
A rua se alaga de sangue,
Crianças que choravam,
Agora agonizam,
Até a ambulância passar,
Se passar,
A ordem judaica,
E dar aos cães os restos mortais,
Das crianças desfalecidas,
Uma delas estava caída no chão,
Provavelmente via o Brasil levar um sacode da Alemanha,
Ela trajava a camiseta do Ronaldinho Gaúcho,
O cão,
Soldado,
Mordeu a camisa brasileira,
Lambeu o sangue,
E foi se embora,
Logo chegara a ambulância,
Mas com os olhos fechados,
Já sem pernas,
E alguns pedaços de braços,
O sonho se foi,
Junto com aquela criança,
De um mundo melhor,
Judeuspalestinianos,
Pensem nas crianças,
Porque os adultos,
Já estão fudidos,,,,,,
Faixa de Gaza,
Amanheça linda,
Pelo menos hoje.....
Quero simplesmente acordar,
E correr....
Mais nada.....
Mesmo........
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