27 dezembro, 2014

Feelings

World,
Filthy,
Stay,
Here,
Why?
Because?
You!!!!
You can fly?
Of de universe...
I don't know...
Talk...
About...
Others....
Why?
Because?
I'm sad....
I'm happy...
I'm confused...
The Sun....
Shining....
Shit...
Why?
Because?
I'm confused....
The moon,
Beautiful....
Clean...
Bad...
But..clean....
Haven...
Death...
You!!!!!
Mundão...
Véio de Deus...
I like it...
Because?
Why?
........

Auto - conspiração

Meu pé atravessou um prego,
Quem mandou o pé estar na frente?
Ou o prego?
Peguei um ônibus com pneu furado,
E pedi para o motorista acelerar,
Pois estava atrasado para bater....
O raio do cartão,
Que agora é biométrico,
Não posso queimar as pontas dos dedos,
Cortá-los na faca,
Na hora de preparar aquela picanha suculenta....
Senão não sou ninguém,
As pessoas me acham feia,
Ou é o espelho que está errado?
Mas eu também acho as pessoas feias,
Por não se parecer comigo.....
Amanhã acordo cedo,
Não sei porque?
Acho que o corpo está adestrado para o sol nascente,
Será que ninguém gosta de mim?
Me xingam na rua,
Cospem na minha calçada,
Ponhem lixo na minha lixeira,
E ainda me chamam de babaca,
Será que estou errado no mundo?
Será que pertenço a esse?
Ou a outro qualquer?
Queria ter asas,
Para ver as pessoas de cima,
E quem sabe dar umas cagadinhas.....
Se pegar, pegou!
O mundo gira,
Mas o sol também gira....
Os astros giram...
Mas não em torno de meu umbigo,
Porque ele está cheio de cera,
Me conspirei,
Na própria existência,
Da conspiração,
Existo no limbo,
Da imaginação,
Do ser,
Não ser,
Mas o quê?
No mundão?
E porque na maioria das vezes termino com esta palavra?
Acho que gosto....
Sinto-me mais próximo,
Da humanidade "whats zapada"...
Pois estou alheio,
Ao mundo dos outros...
Creio na conspiração própria,
Dá-me a existência,
Das redes,
Dos fluxos,
Imaginários,
Mas existentes,
Quantos megas eu tenho?
Creio que suficientes para me conectar,
Como meu pé fez com o prego........


09 setembro, 2014

Abujamra

Seu homem desgarrado,

Solto como uma pluma,

Sisudo como como as rugas purulentas,

Quem tu és?

Do além?

Além mar,

Além Deus,

Além povo,

Além você......

Um ser para si?

Vendo o outro de você?

Atrevido.....

Acomete as pessoas em seus erros banais,

Levas-as aos julgamentos existencialistas,

Quem elas mesmas sabem julgar.....

In

Te

Li e gente.....

O povinho esse!!!!!

Incoerente e feliz.....

A sua azia.....

Alivia meu peso de ser....

Ardor aliviante....

Estranho? Não?

Não..!!!!!!

Somos uma locomotiva existencialista...

Para Montaigne....

Será????

Somos possibilidades....não possíveis....

Materiais.....

Somos possíveis para a morte....

A única coisa....possível...

Abujamra....

Não me provoque.....

Fico furioso....

A alma......

Vira lata....

Feita para mim...

Mostra toda latinidade do sangue quente...

Pro

Vo - cações......

Abujamra querido....

Nunca morra...

Se não fudeu....

Que mais provocará???

Essa gente pedante.....

Comedora...e caviar....

Quem dará a voz...ao mudo social???

Provo....

Cações....

A azia.....

Aliviante do mundo.....


Abraços meu caro....


Do mundo......

18 agosto, 2014

Pasárgada

Vou me embora de Pasárgada,
Lá fui expulso pelo rei,
As mulheres que tinha,
Não me amam mais,
Meu dinheiro acabou,
Moro na rua,
Mas Pasárgada não aceita mendigos,
Vou me embora de Pasárgada,
Lá não existe solidariedade,
Você paga o pão que o diabo amassa para você,
Seu rosto é uma nota de dinheiro,
Sua alma é um cartão de crédito,
As pessoas fazem amor virtuais,
Vou e embora de Pasárgada,
Mas não tenho dinheiro para voltar,
Fui ludibriado,
Enganado,
Pela nobreza que existia lá,
Todos meus tostões,
Serviram para alimentar a insaciável fome da ganância,
Passei,
Fome,
Frio,
Dor,
Calor,
Angústia,
Amor,
Fui abandonado por Pasárgada,
Maldita,
Bonita,
Linda,
Amaldiçoada,
Cativante,
Traidora,
Vou me embora de Pasárgada,
No primeiro navio que passar,
Com tripulantes desconhecidos,
Desdentados,
Famintos,
Vou me embora de Pasárgada,
Pelas portas dos fundos,
Túnel,
Poucos conhecem,
Pasárgada,
Pasárgada,
Pasárgada,
..............
.............
..............

05 agosto, 2014

Peso da existência

Hoje realmente senti o peso da existência,
Sou de carne e osso,
Dor e calor,
Sorriso e tristeza,
Alegria e amargura,
Sinto a pele fria,
Os dentes rangendo,
A boca seca,
A existência pesou em mim,
A fúria dominou meu cérebro,
Senti vontade de matar,
Chorar,
Fugir,
Ser,
Correr,
A existência,
Essência,
De mim,
De você,
Existo na materialidade,
Corpo,
Alma,
Dor,
Rancor,
Fome,
Sede,
Paixão,
Emoção,
Sonhos que me perturbam,
Faz-me levantar,
Assustado,
Irado,
Um moinha no peito,
Ofega-me,
A minha existência pesa,
Muito, pouco, muito,
O peso do meu corpo,
É pouco,
Muito,
Pouco,
Simplesmente existir,
Faz-me,
Forte,
Sorte,
Se existo,
É porque alguém quis,
E bem quisto,
Visto,
Do olhar,
Que me pariu........
..................
.................

17 julho, 2014

Fruta

Molhada,
Fedida,
Peluda,
Bonita,
Feia,
Saborosa,
Desejada,
Gostosa,
Uns abrem,
Outros descascam,
Outros chupam,
Mordem,
Mas todos adoram,
Eta! Kiwi bom demais.....

12 julho, 2014

Crianças de Gaza

Num dia ensolarado,
Acordo numa manhã,
Tomo uma xícara de chá,
Meu pai no naguile,
Fuma sem parar,
O rádio toca,
A sirene avisa,
Os cães latem,
Derrepente,
O céu que dantes era azul,
Escurece,
As nuvens ficam cheias,
De cinzas,
De pólvoras,
As pessoas correm,
Desnorteadas,
Um estrondo,
Um barulho,
Um choro,
Vários gritos,
Novamente a sirene,
De uma ambulância velha e suja,
Então saio a rua,
Vejo,
Uma criança jogando pedra num blindado,
E o fuzil sem exitar dispara,
A criança arrasta,
As poucas pernas que ainda tem,
Outro estrondo,
Ainda maior,
A nuvem mais negra,
Chovem bombas,
A rua se alaga de sangue,
Crianças que choravam,
Agora agonizam,
Até a ambulância passar,
Se passar,
A ordem judaica,
E dar aos cães os restos mortais,
Das crianças desfalecidas,
Uma delas estava caída no chão,
Provavelmente via o Brasil levar um sacode da Alemanha,
Ela trajava a camiseta do Ronaldinho Gaúcho,
O cão,
Soldado,
Mordeu a camisa brasileira,
Lambeu o sangue,
E foi se embora,
Logo chegara a ambulância,
Mas com os olhos fechados,
Já sem pernas,
E alguns pedaços de braços,
O sonho se foi,
Junto com aquela criança,
De um mundo melhor,
Judeuspalestinianos,
Pensem nas crianças,
Porque os adultos,
Já estão fudidos,,,,,,
Faixa de Gaza,
Amanheça linda,
Pelo menos hoje.....
Quero simplesmente acordar,
E correr....
Mais nada.....
Mesmo........
,,,,,,,,,,,,,,
,,,,,,,,,,,,

02 julho, 2014

Mundão véio

Eh!!! mundo véio de Deus,
As pessoas são tristes-felizes,
Se beijam-tapeando-se,
Agridem-cariciando-se,
Mundão grande,
Pequeno,
Medida certa,
Oh!!!
Mundão,
Não faz assim não,
Põe terra no meus "zóio",
Me deixa na mão,
Mundão veio de Deus,
Bate e afaga,
A minha face ferida,
Meu sorriso desdentado,
Meu nariz cheio ranho,
Meu olho remelento,
Mundão véio,
Deixa-me respirar,
Ver o sol,
O molhar da chuva,
O vento soprar em meus ouvidos,
Mundão.....
Véio...
De....
Deus....

10 junho, 2014

Jaguatirica

De uma certa tarde azulada,
Da barriga rasgada,
Luzes na cara,
Choros nas roupas,
Unhas comidas, devoradas,
Aquele cheio de pele queimada,
Surge,
Aparece,
Aflora,
Com cara de gatinho,
Ou gatinha,
Uma face chorona,
De uma jaguatirica,
A mãe não sente,
O pai chora,
A mulher filma,
Choros que se confundem,
Daquele que chega,
E do que recepciona,
A vinda de um ser no mundo,
Levaram-na...
Meu deus!
Para onde?
Para um lugar quadrado e frio,
Se esqueceram,
Que nascera uma jaguatirica,
Cara de gatinha,
Extinto feroz,
Um frio de rachar,
Da caminha de deitar,
E ali,
A jaguatirica mostra suas garras,
Chora sem parar,
Mesmo com o isolamento,
Parece incomodar,
Eles querem,
Ela não quer,
Jogo de forças,
Quem ganha?
Por enquanto eles,
Ela cresce,
Começa a andar,
Corre muito,
Para lá,
Para cá,
O dente cresce,
A dor também,
Jaguatirica só dorme,
Quando convém,
Joga as coisas no chão,
Causa o alvoroço,
Come tanto,
Até o pescoço,
Fica sujo,
E ela,
Agora ri,
Brinca,
Corre,
Faz xixi,
Deixaram a jaguatirica correr,
Ela corre,
E muito,
Canso de ver,
Mas a noite vem,
O dia some,
Os olhinhos da jaguatirica,
Mexe para lá,
Para cá,
Quer dormir,
Mas antes precisa,
De algo,
Essencial,
Encher o ventre,
E depois de saciada,
A jaguatirica fica desabrochada,
Nos braços dos pais,
Um suspiro gostoso,
Que jamais,
Canso de ouvir,
Eh! jaguatirica bonita,
Te amo tanto,
Sinto doer,
A alma do meu coração mole,
Que sempre acolhe,
Esse rosto lindo,
Hoje sinto,
A minha felicidade duplicar,
A potência,
Infinita do ser,
Estar,
A "jaguaritiquês",
Do seu olhar.....
Eh! Mundão véio de deus.......



O português

Das entranhas saiu o português,
Puxaram-lhe a cabeça,
De um lugar de Lisboa,
Do hospital mais belo,
Gritos e gemidos se embricaram,
Choros e risos também,
Um grito,
O choro,
Português nasce de olhos abertos,
Cabeça puxada,
Força dos médicos,
Lágrimas do pai,
Dor da mãe,
E assim nasceu um português,
Choros nas noites infernais,
Almoços movidos a bacalhais,
Vinhos,
Doces,
De manhã tudo normal,
O português dormiu,
Nada mal,
Correria para trabalhar,
Um frio de lascar,
O português continua a deitar,
A noite cai,
O dia mantém,
A nuvem vermelha,
Do frio do além,
A madrugada chega,
Junto com frio infernal,
O português acorda,
Pais sozinhos e inexperientes,
Ficam acuados,
Com o choro,
Desavisado,
Depois de um tempo,
Mandaram o português para o Brasil,
Se abrasileirou,
Agora come arroz e feijão,
Cresce,
Brinca,
Sorri,
Chora,
Quer namorar,
Mal limpa a bunda,
Mama na mamadeira,
Mas quando se deita no quentinho sofá,
Olho seu rostinho celestial,
Me lembro com coração latente,
Da bonita vida em Portugal,
Onde o nascimento de um português,
Me deixou leve,
Feliz,
Um pai brutal,
A lágrima caiu,
O sentimento aflorou,
Eu amo tanto esse português,
Que sempre me conquistou.
Vida louca essa minha....

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07 junho, 2014

Vira Lata

Um cachorro vira-lata,
Foi comer num restaurante de rico,
Entrou no acortinado,
Viu um senhor abatinado,
Uma senhora sorridente,
Um recepcionista inteligente,
Mas sua barriga perguntava,
Cadê o rango?
Primeiro,
Entrada de iscas,
Segunda de Camarão,
Com vinho italiano,
Doces português,
A barriga do cachorro,
Não parava de urgir,
Cadê o rango?
E o garçom falava,
Mais alguma coisa madame?
Sim senhor?
Um trago do Porto,
Sim,
E a cabeça do vira-lata doía,
O estômago dizia,
Vamos cair fora,
Mas os olhos,
Os olhos,
Os olhos do cachorro não deixava ele ir,
E o garçom novamente para madame,
Mas alguma coisa senhora?
Sim,
O quê?
A conta......
O cachorro vira-lata,
Olhava para aquele momento,
A senhora saindo a francesa,
No dia seguinte,
Foi a padaria,
Aquela televisão rodando,
Cheia de frangos lindos,
Os olhos novamente,
Mandando no estômago,
Um menino,
Fedido,
Feio,
Despenteado,
Pediu ao padeiro,
A perna do frango,
Com uma tarracada,
O padeiro raivoso,
Deu-lhe nas fuças,
Sai marginal,
O cachorro então.....
Olha tudo aquilo,
E a barriga,
AH barriga !
Ela fala é agora,
Com uma abocanhada,
Leva o frango,
Deixa as carcaças,
Volta ao restaurante,
E lá estava,
A mesma Senhora,
Saindo a francesa.....
Eh Mundão véio de deus....
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05 junho, 2014

Viva, Zapata!!!!!


Eu apóio, o movimento Zapatista e os Chiapas.
Aí realmente está uma luta de resistência, onde as diferenças se tornam necessárias para um convívio em sociedade.
E desejo que esta resistência se dissemine pelo mundo, e junte a outras, para que quebremos esta grande engrenagem do poder hegemônico o G8, A ONU, OMC e outras instiuições que proliferam a pobreza no mundo.

A barriga vazia da alma




Será que que alma tem barriga vazia?
Ou será que barriga vazia tem alma?
A alma e a barriga vazia andam juntas,
Elas incomodam,
Faz o ser se sujeitar,
Pensar no ontem, hoje e sempre,
Arde,
Dói,
Reflete em todas partes corpóreas,
Materializa a dor,
Desmantela sentimentos básicos,
Faz-nos rolar,
Sorrir,
Chorar,
Ver o mundo mesmo com os olhos vendados,
A barriga vazia da alma,
Santifica este órgão vital,
Que na verdade não existe materialmente,
Mas a sensação de vazio,
Do nada,
Da falta do preenchimento,
Do alimento,
Do mastigar,
Mesmo sem ter dentes e bocas,
Mas a barriga vazia sem alma,
É mecânica,
Não chora,
Não sente,
Só se movimenta "peristalticamente",
Excreta,
Traz a dor concreta,
Faz os olhos abrirem,
Mesmo da cegueira midiática humana,
A falta de alma na barriga,
Constrói uma barriga sem alma,
Alma,
Barriga,
Barriga,
Alma...alma...alma.......

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.........
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04 junho, 2014

Ode ao amigo quando respira

Retrato de Douglas quando respira Pergunte ao seu coração Se ele quer ser petisco Eu acho que não. Então pergunte ao seu fígado Se dá pra ser patê de rico. Seu coxão mole Sua picanha Pergunte ao seu chefe Se ele não quer Conhecer o seu hálito azedo, às 3h40, quando seus irmãos e amigos não te ligam E você bebe como um porco E são 3h50 e eles ainda não ligaram E faz 10 anos que não ligam E você continua na primeira página De um poema inexistente, eterno e complexo Um alimento infinito e desgraçado E avassalador E impossível E você tenta fritar suas bolas no azeite sua língua na mateiga e seu pinto num balde de banha fria É levado por uma ambulancia Para um transplante -Sr, o senhor é compatível. E então eu te pergunto: Comer alface não é a solução? Continuar me arrastando? Jogando confete aos parasitas? disco 193, arranco todos os meus dentes com um alicate afiado queimo o poema infinito pulo da janela e cubro meu filho busco o pão esquento o leite coloco o liquidificador no facebook Meus avós estão fazendo churrasco de pombos em algum quintal psicodélico na Noruega e eu invado muros com motocicletas desafio a matéria a miséria a morte e a física Quero que o Sartre se foda Quero que a polícia inteira se foda Que que os dentistas se fodam Quero que os engenheiros e os taxistas se fodam Quero a maior suruba do mundo, todo mundo se fudendo, cuspindo porra, sangue, pedra e leite pra todo lado E lama -Calma, meu filho E lama Acelero, estou sem capacete, sem camisinha, sem dinheiro e sem rumo Sou o ultimo poeta do ocidente O único músico do oriente O primeiro cineasta sem filme e o exclusivo ator de mim mesmo Escrevo peças de teatro de duas sílabas Conto histórias apenas com os olhos Reuno grupos de neurônios e os expulso com as narinas em fogo Sou Netuno e Saturno, Capricornio, Gemeos e o Diabo Sou Inicio, nevoeiro, Deus e o caralho, sou mole e quebradiço E verde E as vezes quero esvaziar os sentidos Até que tomate seja cavalo E galope seja poema E referencia seja eu, pelado, tendo meu saco torcido, sozinho, num pais de merda, sujo e hipócrita E desse testículo fodido, faço a teia da minha rotina, Faço meus filhos, minhas lágrimas, os calos dos meus nervos, minha gargalhada destemida, o sangue do meu olho, a guela afiada, Faço minha vida.

autoria Oser (vulgo Diego Nathan)

03 junho, 2014

O andar bebum



Estou a caminho de um bar,
Ando para lá e cá,
Encosto no balcão,
Uma talagada desce então,
A garganta queima,
A alma conforta,
A felicidade transparece,
A tristeza também,
Melancolia a tona,
Risada e choro,
Fecho a conta,
Mas que conta?
A do bar,
Um político me encontra,
Paga-me outra pinga,
Em dia de eleição,
De anjo vira cão,
O seu político de gravata,
Me pressiona,
Me mata,
Em quem você vai votar ?
Na direita?
Ou na esquerda ?
Dou o último gole,
E saio sem pagar,
O cretino político,
Vem a gritar,
Oh! Sujeito do bar!
Responda-me!
Vais votar na direita?
Ou na esquerda?
Sem dizer nada,
Saio a cambalear.....

01 junho, 2014

Alheio

Ser alheio dentro do outro,
Fora de si,
Nas vistas de alguém,
Ser alheio de mim mesmo,
Da chuva que cai agora,
Molha os outros,
Mas outros quem?
Da rua?
Do mundo?
Do Além.......

29 maio, 2014

O mergulho na alma



Mergulhar é enfiar-se,
Aprofundar-se
Inserir-se
Entrar dentro de si,
Sentir o intangível,
Mostrar-se à ninguém,
Ser refém,
Do próprio ego.
Pergunto-me,
Mergulhar na alma,
É desconhecer-se,
Reconhecer-se,
Procurar ser o outro,
Ser o outro,
Aflorar os intestinos,
Flatular a vaidade,
Engolir o vento,
Sentimento,
Mergulho na clareza escura,
Acinzentada de eu,
N 'alma,
Calma,
Triste-feliz,
Sempre,
Metamorfoseio,
.........
........
........ 

27 janeiro, 2014

Enclausurar

Enclausurar a mente com as ideologias e religiões,
Enclausurar a boca com a fome e a falta de informações,
Enclausurar o nariz com o ar dos pulmões e com o fumo das bombas consumistas,
Enclausurar os olhos com a cegueira midiática,
Enclausurar o corpo com as prisões e instituições,
Enclausurar o cachorro com a casinha familiar,
Enclausurar a mãe para que esta dê o mamar,
Enclausurar o pai numa partida de futebol,
Enclausurar o amigo porque não corta o cabelo,
Enclausurar o irmão porque deixa a barba crescer,
Enclausurar,
Enclausurar,
Enclausurar,
Enclausurar,
Sociedades enclausuradas,
Pelo olhar feliz da novela,
Pelo padre que abençoa,
Pelo político que cumprimenta,
Pelo time que é campeão,
Pelas propagandas deliciantes,
Pelo o moleque vida loka armado,
Pelo, pelo, e mais pelo.............
Enclausuro o enclausuramento do mundo.......

Centro do cu, centro do mundo



Você nem desconfia dos delírios e de como é limpar um rabo cheio de merda

Que não é sua




Você treme sem querer

E não é de medo




Você está doido, sozinho, úmido e magro

E está sem fome.




E você acha que o problema do mundo é a Direita preconceituosa,

Mas seu filho afirma ser a Esquerda assassina.




E eu tenho vontade de encher meu corpo de explosivo e explodir todos os sindicatos, shopings e igrejas de merda.




Eu só queria um cigarro,

E não é pra fumar.




Obs: autoria OSER (Vulgo Diego Nathan)

11 janeiro, 2014

Pingo de sangue nas nuvens

Nuvens brancas,
Bonitinhas,
Vários formatos,
Certinhas,

As pessoas que passam admiram,
Os casais fazem planos de amor,
Os velhos contam suas estórias,
O sorveteiro reclama do calor,

Derrepente,
Uma gota de sangue nas nuvens,
Que alvoroço!
De branca,
Passa a ser roseada,

Um turbilhão?
Furacão?
Sei lá,

Chove....
Chove muito,
As gotas que dantes eram transparentes,
Passam a ser rosadas,
Sucos de framboesa,

Os adultos não entendem,
As crianças querem provar,
A chuva rosada,

Sai nas noticias,
Acabou o mundo!
Deus acordou,

Mas tudo isso era somente,
Uma gota de sangue nas nuvens,
Nuvens que também choram,
Emocionam - se,

No dia seguinte,
O dia estava cinzento,
As nuvens brigaram,

Mas neste dia não choveu,
Simplesmente caíram pétalas de rosas,
Para os mais desavisados........



Janela Gradeada do meu quarto

Copas das árvores,
Antenas,
Telhados diversos,
Fios de alta tensão,
A polícia pega o ladrão,
E eu sentado de frente a janela,

Barulhos de fogos,
Vizinhos andando sobre minha cabeça,
Descarga do banheiro despacha os dejetos,
E eu sentado de frente a janela,

Os pássaros cantam,
Os vizinhos laterais gorjeiam,
Barulham,
Sinto o cheiro da carne queimar,
Risadas, gritos euforia,
E eu sentado de frente a janela,

A grade da janela me enquadra,
Protege meus filhos,
As nuvens antes brancas,
Agora cinzas,

Será que chove?
Tanto faz,
O calor imenso do verão tropical,
Minha irmã logo chegará,
Espero sentado em frente da janela,

Nas noites quentes,
O frio sopra,
Pela janela aberta,

Nas noites frias,
O frio é barrado,
Pelas faces venezianas,
Da janela que faz-me companhia,

O brincar da criança em embaixo das minhas narinas,
O gritar infantil,
A risada inocente,
E continuo sentado em frente à janela,

O sol sai de cena,
A lua entra em cana,
A vejo quadriculada,

Estou neste momento sentado em frente a minha janela,
Janela,
Janela,
Janela,
Passagem.........