10 junho, 2014

O português

Das entranhas saiu o português,
Puxaram-lhe a cabeça,
De um lugar de Lisboa,
Do hospital mais belo,
Gritos e gemidos se embricaram,
Choros e risos também,
Um grito,
O choro,
Português nasce de olhos abertos,
Cabeça puxada,
Força dos médicos,
Lágrimas do pai,
Dor da mãe,
E assim nasceu um português,
Choros nas noites infernais,
Almoços movidos a bacalhais,
Vinhos,
Doces,
De manhã tudo normal,
O português dormiu,
Nada mal,
Correria para trabalhar,
Um frio de lascar,
O português continua a deitar,
A noite cai,
O dia mantém,
A nuvem vermelha,
Do frio do além,
A madrugada chega,
Junto com frio infernal,
O português acorda,
Pais sozinhos e inexperientes,
Ficam acuados,
Com o choro,
Desavisado,
Depois de um tempo,
Mandaram o português para o Brasil,
Se abrasileirou,
Agora come arroz e feijão,
Cresce,
Brinca,
Sorri,
Chora,
Quer namorar,
Mal limpa a bunda,
Mama na mamadeira,
Mas quando se deita no quentinho sofá,
Olho seu rostinho celestial,
Me lembro com coração latente,
Da bonita vida em Portugal,
Onde o nascimento de um português,
Me deixou leve,
Feliz,
Um pai brutal,
A lágrima caiu,
O sentimento aflorou,
Eu amo tanto esse português,
Que sempre me conquistou.
Vida louca essa minha....

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