27 maio, 2016

O demônios e um anjo na piscina de Calígula

Calada
Na noite
Calada da noite
O som entorpecente
O entorpecer.

Entorpecendo a memória crítica.

O anjo.

Na inocência da sedução, ou não
Entra na piscina de Calígula
Ébria?
Não importa
Quem importa?
Mas os demônios a esperavam
Todos entorpecidos no desejo
Ensejo.

Na sazão da fragilidade do anjo
Mentes maquiavélicas
Planejavam sujar de sangue
O que para muitos parecia vinho.

Seduziram o anjo
Forçaram a denudar
Tiraram-lha a borra.

E a piscina de Calígula sem enche
O vinho que existia lá
Entorpeceu os demônios
E estes introduziram com todo despropósito
A hediondez que sai do semên.

O anjo apagou
Na violação do seu ser
Na entorpecência da crueldade humana varonil.

Agora dorme
Quando acordar
Verás que a piscina de Calígula
Se esvaziara dos demônios
E abarrotara de sangue e atrocidade.

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