30 abril, 2006

A atadura da alma


















Colacaram uma atadura na minha alma,
Não sinto dores,
Nem amores,
Ódio mortal,
Meu corpo não quer responder,
As perguntas que lhe fiz,
Porque todos sabem,
Ou não sabem ?
Que estou preso,
Num panóptico carnal,
E a mente não quer mais processar,
As sinápses necessárias,
Acho que penso,
Mas logo só assisto,
Intelectuais,
Carnais,
Imbecis,
Vomitarem no meu cérebro,
Não sei mais ser eu,
Sou somente os outros,
Prenderam a minha alma,
Venderam o meu corpo,
A preço de quê ?
Não me revelaram o valor...
Sinto - me longe, perto, distante, infiltrado,embricado...
Mas onde?
Se o lugar está em mim,
Ou em você ?
Será que serei geográfico demais ?
Se tentar localizar - me no desconhecido,
O impulso da minha existência,
Está somente nos outros e não em mim?
Calo - me agora.......
Estou atado,
Da alma, até o último pentelho do meu corpo,
Calo - me já!!!
Enganaram - me!!!!!!
Deixei isto acontecer...
Colocaram uma camisa de força no meu ego...
Calo - me, calam - me, calaram - me, calarão - me,
Estou calado,
Vou me vendar,
Não quero mais enxergar,
As vendas da minha alma,
Num suscinto,
Viro poeira,
...................................................
.........................................
............................
..............
.........
.......
....
..
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Um comentário:

Diego Nathan disse...

Douglas...
Dou "glaças"

Belos poemas

"o Corpo" é muito vivo...
Muito vivo sem poema sobre um corpo morrendo
muito vivo
muito vi
vivo

mui
to
vi

vi muito